Hot Rod

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sábado, 10 de março de 2012

Miura


Mil perdões, mas semana passada realmente não tive como escrever no blog por motivos pessoais, mas estou de volta com o que havia prometido um post sobre outro clássico brasileiro, o Miura. Para quem não conhece este carro, o Miura foi feito inicialmente no Rio Grande do Sul. Um carro com desenho esportivo que dava um ar de “pesadão” o que era uma desvantagem para suas pretensões esportivas.
 Foi no salão do automóvel de 1976 que a historia da “artesanal” montadora teve inicio oficial. Nesse ano, foi lançado o primeiro hatchback da Miura (O hatchback ou simplesmente hatch é um design automotivo que consiste num compartimento de passageiros com porta-malas integrado), que teve origem com o projeto do estudante de arquitetura Nilo Laschuck no ano anterior. A Idea do surgimento do Miura partiu de dois empresários gaúchos do ramo de estofados, Aldo Beson e Itelmar Gobbi – donos da Aldo Auto Capas. Mais tarde a empresa passou a se chamar Benson, Gobbi S.A.
 Seu lançamento comercial ocorreu em 1977. Com interior refinado e detalhes marcantes como: faróis escamoteáveis por controle eletropneumático, bancos em couro e volante que regulava eletricamente a altura. Com seu estilo alongado e linhas retas, o Miura era um cupê baixo que tinha a carroceria de plástico e vibra de vidro e mecânica da Brasília 1.600 cc, o que representava menos que 900 kg para 54cv do carro. Dessa forma o modelo acabou adquirindo um ar de “pesadão”, uma desvantagem para suas pretensões esportivas.
Modelos
Miura Sport 1977-1985
Com motor Volkswagen 1.600 refrigerado a ar, chegava a 65cv e 4.600RPM na potencia máxima, cambio de 4 marchas, freios dianteiros a disco e trazeiros a tambor, suspensão dianteira independente, barras de torção longitudinais com estabilizador, suspensão trazeira independente, semi-eixos osciliantes com barras de torção e estabilizador, com 4,30 m de comprimento, 2,40 m entre eixos, seu tanque abrigava ate 46 litros, com o peso total de 890 kg. Tudo isso para atingir 135 km/h e de 0 a 100 km/h em 23 s.
Em 1981 ele sofre algumas modificações, como no motor, que foi substituído pelo do Passat 1.6, é lançado um novo Miura o MTS.












 1982 um dos anos mais marcantes da montadora, foi nesse mesmo ano que a Benson, Gobbi S.A. lançou seu modelo mais famoso o Miura Targa. O carro conseguiu de vez, solucionar os problemas dos antigos modelos, transformando a marca gaucha na líder do mercado no setor de esportivos. O Targa era um semiconversível que tinha inspiração no porsche 911, sua mecânica era baseada no Passat LS e o chassi tubular era construído pela própria empresa. Assim o modelo pesava 890 kg e tinha 76cv.
 











Aproveitando o sucesso do modelo, foi lançada em 1983 uma versão conversível com capota de lona, o Miura Spider.
 

















 Nesse mesmo ano, um conversível feito apartir do chassi da Brasília, só que mais barato. Como o carro foi um fracasso de vendas, ele teve sua produção interrompida rapidamente.
















Em 1984 surge o Miura Saga, um cupê de três volumes de 2+2 lugares que utilizava a mecânica do Santana com motor 1.8. Com certeza, os opcionais se tornaram marca registrada da linha Miura; eles traziam requintes aos carros fazendo-os ficar parecidos com os importados que chegavam ao Brasil na época. Em 1986, os modelos Miura possuíam célula fotoelétrica para acendimento automático dos faróis, computador de bordo com sintetizador de voz que avisava diversas funções- como quando soltar o freio, abastecer ou ate quando o motorista deveria colocar o cinto de segurança- , alem de teto solar, ar condicionado, direção assistida hidráulica, radio toca fitas, TV no painel e bar refrigerado no banco trazeiro. Tubo isso num carro de quase 30 anos atrás.


















 No mesmo ano 1986 o Miura 787 tinha poucas modificações como sistema de abertura das portas por controle remoto, um enorme aerofólio na trazeira e um conjunto de lanternas de estacionamento colocadas na extremidade do veiculo, acima do para-choque, que acabaram transformando a “luz de neon” em uma referência que ditou a moda da época.
 






















No ano de 1988 é apresentado o novo Miura x8, que trazia ainda mais tecnologia e design inovador, era oferecido também com o motor turbo, tinha como destaque sua trazeira com ampla área envidraçada e aerofólio integrado a carroceria. Além disso, o Miura x8 vinha equipado com bancos de regulagem elétrica , espelho interno fotocromatico e todas as funções eletrônicas comandadas por um microprocessador, já conhecido nos modelos antigos. Em 1988, os Miuras começaram a ser equipados com também com motor AP-2000 do Santana, o que acarretou modificações quanto ao chassi, suspensão e cofre do motor. Nesse mesmo ano a carroceria modificada, surgiu o novo Miura saga, que permaneceu dentro de seu estilo, um esportivo social, mas que foi totalmente reestruturado devido aos novos recursos que haviam aparecido.
   
 


















 Em 1989, foi lançado o Miura Top Sport, cujo visual apresentava aerofólios e saias laterais, era equipado com piloto automático, amortecedores com controle de carga motor 2.0 ainda alimentado por carburador ate o ano seguinte quando ele incorpora injeção eletrônica do GOL GTi.
 




















Lançado em 1990 o Miura x11 sem os itens de conforto como ar condicionado, por exemplo, ele fazia bem a linha esportiva. O modelo, na verdade, era um x8 modificado.

 
















A Benson, Gobbi S.A. encerrou suas atividades em 1992. A empresa não suportou a concorrência com os carros importado que chegavam ao Brasil, alem disso sua produção ficou cada vez mais cara não foi compensada, já que eram feitas em pequena escala, estima-se que foram produzidos cerca de 10.600 unidades sendo 35% do modelo Targa o mais vendido.

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